Aquele Sorriso Amarelo
Que atire a primeira pedra aquele que nunca deu um sorriso amarelo. Não me entendam mal, afinal passar por este tipo de situação não é motivo de vergonha para ninguém. Certas vezes, a vida te dá motivos para sorrir, com um pequeno asterisco, ou com letras miúdas nas entrelinhas. Ontem, nós, cruzeirenses, nos deparamos com esta situação. Em mais uma demonstração do futebol de resultado adotado por Mano Menezes, o Cruzeiro fez o necessário para sair com a vitória simples no primeiro jogo das quartas-de-final da Copa do Brasil.
Há quem diga que não há motivos para preocupação, pois o time venceu, fora de casa, um grande adversário, em uma competição de mata-mata. No entanto, sei que os aficionados azuis ficaram apreensivos, já pensando no duelo de quarta que vem, contra o Flamengo, no Maracanã, pela Taça Libertadores. Some-se a isto o fato de rubro-negro carioca ter feito um grande jogo ontem, no Rio Grande do Sul. A equipe da Gávea finalizou mais, ficou mais tempo com a bola, e pressionou o tricolor gaúcho em plena Arena do Grêmio. Mas voltemos ao Cabuloso.
Nos primeiros cinco minutos da partida de ontem, tive a sensação de que incomodaríamos o adversário. A marcação celeste começou alta e ativa, e o Santos mal conseguia trabalhar a bola. Contudo, logo minhas impressões se esvaíram. O alvinegro praiano atacava com até quatro jogadores pela direita (Rodrygo comandava as ações, com intensas subidas do lateral Victor Ferraz, e a ajuda de Gabriel Barbosa e Diego Pituca). Egídio conseguiu se manter bem na marcação, com muita ajuda de Arrascaeta, Leo e Lucas Silva. Por outro lado, o lado esquerdo santista era pouco povoado, já que o ala Dodô não subia tanto, e apenas Bruno Henrique atuava por aquele setor. Lucas Romero, novamente improvisado na lateral direita celeste, não estava em seus melhores dias, mas foi beneficiado por um dia pouco inspirado dos atacantes adversários por seu lado, além da mítica cobertura do nosso camisa 26.
O primeiro tempo foi resumido por pequenos sustos de ambos os times. Pelo lado celeste, Arrascaeta perdeu boa chance após enfiada de Robinho, e Lucas Silva deu um bom chute de fora da área, defendido por Vanderlei. Os alvinegros chegaram com certo perigo na área celeste, embora não tenham exigido de Fábio intervenções fundamentais. Calhou a Dedé retirar a maioria das bolas alçadas na área cruzeirense.
Na segunda etapa, a coisa ficou mais feia. O Santos continuou buscando suas ações principalmente pelo seu lado direito, mas Dedé se agigantou cada vez mais, com rebatidas cruciais. O meio-de-campo cruzeirense não conseguiu prosseguir com boa saída de bola e errou muitos passes. Quando finalmente chegava à metade ofensiva, o Cruzeiro esbarrava na enfadonha e esdrúxula atuação de Thiago Neves, ou na apagada atuação de Robinho. Barcos também não conseguiu contribuir muito com a equipe, e deixou o campo com dores logo aos 10 minutos do segundo tempo. A entrada de Raniel pouco mudou o panorama da partida, que se desenhava para uma pressão do mandante em busca da vantagem.
Em outro lance de rebatida de Dedé, o Santos encontrou Gabriel Barbosa nas costas de Leo, e Fábio operou um milagre. Quase em seguida, como reflexo da dificuldade celeste em sair com a bola, Henrique deu um passe bizarro para Leo, que não dominou. Rodrygo se antecipou e saiu cara a cara com Fábio, que anteviu e apareceu novamente muito bem. No momento em que parecia que a casa estava prestes a cair, o Cruzeiro chegou ao gol. Aos 35 minutos, em jogada bem trabalhada (porém mal marcada pelo Santos, é bem verdade), Robinho serviu Raniel, que em belo giro rápido, como um centroavante faminto por gols, chutou no canto direito de Vanderlei e pôs números finais ao jogo.
O resultado nos deixa esperançosos pelo avanço às semifinais da competição. No entanto, o fraquíssimo desempenho às vésperas do confronto contra o Flamengo manteve acesa a luz de alerta nos torcedores. Caso o desempenho da última partida se repita na semana que vem, sofreremos sérios riscos de eliminação. Os cariocas vêm em ótima fase, enfrentando a todos os adversários de igual para igual, cometendo poucas falhas. Em minha opinião, o Cruzeiro tem time para atingir um jogo com mais qualidade e equilíbrio, sem precisar se defender tanto como ontem. Espera-se, também, que Thiago Neves retorne do local em que se encontra. Não é possível saber se o problema é apenas técnico, psicológico, se é balada, salário atrasado, ou outro motivo. O certo é que suas atuações estão irritando o torcedor.
Antes do Flamengo, o Cruzeiro volta a campo pelo Campeonato Brasileiro, no domingo. O adversário será o Vitória, em Salvador, às 16h. A tendência é de que um time basicamente reserva seja enviado à Bahia para tentar os três pontos, já que o jogo contra o Flamengo é prioridade máxima no ano. Esperamos que a atuação contra o Santos tenha sido atípica e que os sorrisos cruzeirenses, daqui para frente, sejam sempre brilhantes!
Abraços a todos e saudações celestes!
Há quem diga que não há motivos para preocupação, pois o time venceu, fora de casa, um grande adversário, em uma competição de mata-mata. No entanto, sei que os aficionados azuis ficaram apreensivos, já pensando no duelo de quarta que vem, contra o Flamengo, no Maracanã, pela Taça Libertadores. Some-se a isto o fato de rubro-negro carioca ter feito um grande jogo ontem, no Rio Grande do Sul. A equipe da Gávea finalizou mais, ficou mais tempo com a bola, e pressionou o tricolor gaúcho em plena Arena do Grêmio. Mas voltemos ao Cabuloso.
Nos primeiros cinco minutos da partida de ontem, tive a sensação de que incomodaríamos o adversário. A marcação celeste começou alta e ativa, e o Santos mal conseguia trabalhar a bola. Contudo, logo minhas impressões se esvaíram. O alvinegro praiano atacava com até quatro jogadores pela direita (Rodrygo comandava as ações, com intensas subidas do lateral Victor Ferraz, e a ajuda de Gabriel Barbosa e Diego Pituca). Egídio conseguiu se manter bem na marcação, com muita ajuda de Arrascaeta, Leo e Lucas Silva. Por outro lado, o lado esquerdo santista era pouco povoado, já que o ala Dodô não subia tanto, e apenas Bruno Henrique atuava por aquele setor. Lucas Romero, novamente improvisado na lateral direita celeste, não estava em seus melhores dias, mas foi beneficiado por um dia pouco inspirado dos atacantes adversários por seu lado, além da mítica cobertura do nosso camisa 26.
O primeiro tempo foi resumido por pequenos sustos de ambos os times. Pelo lado celeste, Arrascaeta perdeu boa chance após enfiada de Robinho, e Lucas Silva deu um bom chute de fora da área, defendido por Vanderlei. Os alvinegros chegaram com certo perigo na área celeste, embora não tenham exigido de Fábio intervenções fundamentais. Calhou a Dedé retirar a maioria das bolas alçadas na área cruzeirense.
Dedé se destacou na partida. Foto: Vinnicius Silva / Cruzeiro |
Na segunda etapa, a coisa ficou mais feia. O Santos continuou buscando suas ações principalmente pelo seu lado direito, mas Dedé se agigantou cada vez mais, com rebatidas cruciais. O meio-de-campo cruzeirense não conseguiu prosseguir com boa saída de bola e errou muitos passes. Quando finalmente chegava à metade ofensiva, o Cruzeiro esbarrava na enfadonha e esdrúxula atuação de Thiago Neves, ou na apagada atuação de Robinho. Barcos também não conseguiu contribuir muito com a equipe, e deixou o campo com dores logo aos 10 minutos do segundo tempo. A entrada de Raniel pouco mudou o panorama da partida, que se desenhava para uma pressão do mandante em busca da vantagem.
Em outro lance de rebatida de Dedé, o Santos encontrou Gabriel Barbosa nas costas de Leo, e Fábio operou um milagre. Quase em seguida, como reflexo da dificuldade celeste em sair com a bola, Henrique deu um passe bizarro para Leo, que não dominou. Rodrygo se antecipou e saiu cara a cara com Fábio, que anteviu e apareceu novamente muito bem. No momento em que parecia que a casa estava prestes a cair, o Cruzeiro chegou ao gol. Aos 35 minutos, em jogada bem trabalhada (porém mal marcada pelo Santos, é bem verdade), Robinho serviu Raniel, que em belo giro rápido, como um centroavante faminto por gols, chutou no canto direito de Vanderlei e pôs números finais ao jogo.
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Raniel marcou o gol da vitória celeste. Foto: Vinnicius Silva / Cruzeiro. |
O resultado nos deixa esperançosos pelo avanço às semifinais da competição. No entanto, o fraquíssimo desempenho às vésperas do confronto contra o Flamengo manteve acesa a luz de alerta nos torcedores. Caso o desempenho da última partida se repita na semana que vem, sofreremos sérios riscos de eliminação. Os cariocas vêm em ótima fase, enfrentando a todos os adversários de igual para igual, cometendo poucas falhas. Em minha opinião, o Cruzeiro tem time para atingir um jogo com mais qualidade e equilíbrio, sem precisar se defender tanto como ontem. Espera-se, também, que Thiago Neves retorne do local em que se encontra. Não é possível saber se o problema é apenas técnico, psicológico, se é balada, salário atrasado, ou outro motivo. O certo é que suas atuações estão irritando o torcedor.
Antes do Flamengo, o Cruzeiro volta a campo pelo Campeonato Brasileiro, no domingo. O adversário será o Vitória, em Salvador, às 16h. A tendência é de que um time basicamente reserva seja enviado à Bahia para tentar os três pontos, já que o jogo contra o Flamengo é prioridade máxima no ano. Esperamos que a atuação contra o Santos tenha sido atípica e que os sorrisos cruzeirenses, daqui para frente, sejam sempre brilhantes!
Abraços a todos e saudações celestes!
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